sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

MINHA TRISTE REALIDADE

È triste admitir,mas nos dias de hoje é quase impossível não se entristecer em administrar uma tenda de Umbanda,sempre que lembramos de como era antigamente e vemos o hoje enxergamos uma disparidade cada vez maior.O texto '' As sete lágrimas do Preto Velho'' (que julgo lindo e verdadeiro),narra alguns problemas cotidianos que atingem a casa de Umbanda e a própria Umbanda em si,porém olhando friamente,vejo centenas de outros problemas que se estivessem  nesta linda narrativa,transformariam seu título para ''O mar de lágrimas do Preto Velho''.


Abandono fútil,descaso,falta de comprometimento,falta de respeito,baixa assiduidade,interesses escusos,excesso de faltas e tantos outros problemas que nem vou citá-los,acabam por nos fazer tomar atitudes que punem alguns poucos ''inocentes comprometidos com a causa'' e aumentar nossa preocupação em relação á continuidade de nossos trabalhos.
Por mais que tentemos passar adiante o que aprendemos em nosso desenvolvimento mediúnico,são poucos os que querem realmente aprender e aumentar seus conhecimentos,a grande maioria de médiuns está preocupada com títulos,nomes e posições hieráticas outorgados por sacerdotes(isas) mais duvidosos ainda,pois prá mim,quem levanta médiuns despreparados espiritualmente e físicamente,está conivente com o erro,fomentando futuros charlatões que jamais terão a experiência de vida necessária para uma completa vida sacerdotal.
Entendo que um terreiro de Umbanda não é um local de passatempo,nem de paquera e muito menos spa urbano onde se vai quando se quer se distrair ou relaxar,a casa santa não deveria ser um esconderijo para os momentos de desespero e angústia e sim local prazeiroso de se frequentar,muitos médiuns utilizam o culto semanal como fuga de problemas domésticos e incompatibilidades familiares,apresentando-se ao trabalho espiritual totalmente desarmonizados interiormente comprometendo toda a corrente de santo,enquanto outros tantos,vão para ver se algo muda em suas vidas,julgando que dádivas caem do céu á quem não as mereça e sem nenhum esforço ou reforma íntima.




Conheço pessoas que durante muitos anos viveram determinados dramas pessoais e familiares,conviveram com vícios,prostituições,adultérios,brigas e outras tantas mazelas,e suas antigas crenças em nada resolveram ou modificaram as suas vidas tornando-os totalmente resignados á esta enfermidades do mundo,porém quando migram para a Umbanda querem que todos estes problemas que á tempos os afligem desapareçam de suas vidas como se nunca houvessem existido,o que sabemos nós ,crentes nas leis do merecimento e carma que é impossível acontecer num curto espaço de tempo,muitos acham que podemos adulterar determinações astrais e modificar destinos ao nosso bel prazer,prevalecendo quem nos procura na maioria das vezes munidos com pouca fé,ou para testar-nos em nossa espiritualidade.

Muitos médiuns acham que ser médiuns se resume simplesmente á  frequentar seu culto semanalmente e não vivenciar os ensinamentos de nossa sagrada Umbanda em seu dia-a-dia

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TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê

SEMPRE PEDIREI ISTO!

Amigos e amigas em geral,não quero com este comentário,em hipótese nenhuma ofender,menosprezar ou depreciar ninguém,nem tampouco seus métodos de praticar seu mediunismo,mas ética e postura são essenciais para se praticar,não só umbanda,mas qualquer religião.
Às vezes vejo inúmeros praticantes de nossa fé,no exercício de sua mediunidade,regrarem e manipularem suas entidades aos seu interesses e necessidades,coibindo o arquétipo original de seus mentores.Concordo que muitas entidades que militam na seara umbandista necessitam,em fase inicial de parceria com seus médiuns de algum tipo de doutrina comportamental em relação á seus cacoetes e ''modus operandi'',o que considero normal e correto acontecer,afinal é praticamente impossível um guia se manifestar em suas primeiras encorporações com um comportamento lapidado e irretocável,um ou outro detalhe terá que ser corrigido á fim de se afinizar o comportamento do conjunto médium/guia á cartilha da casa que militam.Vejo mediunidade verdadeira,quando vejo respeito ás ordenanças astrais,respeito ás imposições do plano extra físico,para um correto cumprimento cármico e principalmente quando vejo posturas diferentes entre médium e entidade,ora não é porque sou simpatizante de Campari que meu exú tenha que gostar também,não é porque uma mulher adore Martini que sua pombogira tenha que gostar também,não é porque eu não fumo que minhas entidades terão que se abster-se  de cigarro ou charuto,tão necessários para seus trabalhos.Entendo que guias espirituais,em sua variadas roupagens fluídicas possuem personalidades,estilos e métodos caracteristícos á sua falange ou linha de trabalho,não podendo ser adulteradas pelas preferências ou gostos do médium,tenho um sobrinho e filho de santo,que está na sua 3° união estável,tendo as duas primeiras praticamente desmoronadas pela honestidade de seu guia chefe,que por não concordar com seu comportamento as vezes promíscuo,o denunciou em determinadas situações que colocaram em cheque seus relacionamentos.Alguns dirão que a Umbanda não deveria se intrometer em assuntos tão mundanos,porém deve-se lembrar que não basta gostar ou querer praticar Umbanda,temos que viver a Umbanda,respeitando os príncipios de ética,postura e bom cárater para uma melhor afinização com nossas entidades,não basta vestir branco dentro do terreiro,temos que ''caminhar sob a claridade''.
Jamais vou acreditar em médiuns que tentam criar conchavos com seus guias,e muito menos em guias que ocultam os deslizes de seus aparelhos,demonstrando cumplicidade com o errado comportamento,que acaba por danificar o sadio desenvolvimento mediúnico.

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