quinta-feira, 6 de março de 2014

INDIGNAÇÃO COM ALGUMAS COISAS

Cópia de carta enviada no dia 30/01 á alguns órgãos espiritualistas,federações e demais instituições:

Muitos médiuns e até alguns frequentadores de minha casa, me perguntam porque recrimino tanto alguns sites,blogs e num aspecto mais amplo,informações na internet em geral sobre nossa religião.
Ora,leio cada absurdo,cada informação equivocada, chegando a conclusão que não tem como, um médium inexperiente não se perder nas armadilhas da grande rede e se confundir em seu aprendizado.
Jamais poderia ser permitido mostrar-se de forma tão explícita as entranhas de nosso culto á pessoas,neófitos,iniciantes ou não e incrédulos que não tem a menor obrigação de compreendê-las,pois sabemos nós quão plural é, a variedade de formas de se fazer umbanda.
Ciente disso,entendo cada vez mais que, as tentativas de alguns grupos,centros,faculdades de teologia em normatizar ou padronizar a nossa umbanda são uma enorme perda de tempo e esforços infundados,não sei porque os ‘’detentores do conhecimento’’ dentro de nossa religião não compreendem de uma vez por todas que é justamente esta pluralidade de culto que torna nossa umbanda tão fascinante e mística ao mesmo tempo e jamais serão padronizadas á uma única forma de se fazer,pois cada casa,ilê,terreiro,centro etc, possuem dentro de seu DNA espiritual, uma enorme carga hereditária proveniente de suas origens,do aprendizado de seus fundadores e de suas ramificações espirituais e físicas que nunca irão adulterar seu jeito de trabalhar em prol de uma vontade física de meia dúzia de arrogantes que se acham donos da razão,pois não sei se sabem estes doutores da umbanda,o astral é contra esta padronização,ou codificação como alguns denominam...




Muitas casas estão nascendo atualmente ao redor do mundo,porém nascem nuas de fundamentos e ricamente vestidas de suposta intelectualidade! – o que quero dizer?; que muitos Pais/Mães de Santo (cada vez mais) acham que podem substituir vivência,permanência,aprendizado dentro de terreiro por livros,apostilas,horas de navegação e cursos disso e daquilo.
Ora me perdoem quem esteja fundamentando seu terreiro assim,mas jamais pode se trocar a experiência adquirida com a convivência de situações,visualização e aprendizado de trabalhos,camboneamento de entidades,participação nas rotinas de uma casa santa,por uma série de livros da moda que são escritos com mais interesses comerciais do que didáticos, me perdoem os órgãos,terreiros,escolas e demais instituições que ministram cursos on line, EAD´s sem supervisionamento e cursos apostilados...vocês sabem que estão fomentando o charlatanismo, o auto sugestionamento,etc o despreparo completo de pseudo-médiuns que podem até tentar,mas jamais estarão devidamente preparados e aptos ao sacerdócio e muito menos aos problemas espirituais e as demais adversidades que surgirão na estrada.
Concordo plenamente que alguns núcleos umbandistas devam abandonar o ‘’biblismo’’ e o ‘’igrejismo’’ e gradativamente modernizar um pouco o formato de seu culto,seus regimentos,seus costumes,mas daí a se ‘’dessincretizar’’ totalmente nosso culto,julgo totalmente desnecessário e arriscado:
Desnecessário, pois nossas imagens,nossos tambores,nossos paramentos, em nenhum momento nos remetem ao primitivismo de nossa religião e sim em instrumentos de trabalho e motivadores de fé
Arriscado,pois estaríamos adulterando um formato de culto que já está enraizado em nós desde nossos ancestrais e todas as vezes que perdemos ou modificamos a essência de alguma coisa,jamais á recuperamos em sua íntegra.
Vejo nossos órgãos competentes atuando de forma conivente e acolhedora ao charlatanismo e mercantilismo em nossa religião,pois se um ‘’marmoteiro’’ qualquer se põe á atender incautos,cobrar trabalhos,realizar inúmeros falsos prodígios em nome de nossa amada religião,porém em seu recinto ostenta um quadro de alguma federação,comprovando que o mesmo está em dia com sua mensalidade/anuidade,vocês querem que eu acuse quem?
Onde está o supervisionamento que as federações que nos cobram mensalidades deveriam realizar,para comprovar a pureza e a competência de um terreiro ao atendimento e a iniciação de médiuns?
Onde está a averiguação á falsos sacerdotes (izas) que se utilizam de nossa religião apenas como forma de sustento,abandonando a religiosidade de lado e fazendo subir o número de pessoas descrentes e desiludidas acerca de nosso culto.




Como sempre digo e devem os ‘’ícones de sabedoria’’ de nossa religião saber também,nossa umbanda nem é e nunca será uma religião de massa, de milhões de adeptos,até porque não fazemos parte de uma seita convertedora qualquer e sim somos uma religião (odeio quando a denominam seita)onde as pessoas se achegam por adesão,logo se não tivermos bons disseminadores de nossa imagem e de nossos ritos,estamos fadados á cada vez mais ficarmos apenas com as sobras de outras religiões.
Dentro deste cenário sócio-cultural-didático ,onde surgem sacerdotes,chefes de terreiros e pais de santo aos montes,vejo muito gente tentando se municiar de informação,mas não se vinculando sériamente ao trabalho caritativo,o que para o astral deixa uma enorme lacuna,totalmente inabitável.
Vejo este pouquíssimo conhecimento filosófico,apresentado por estes mercantilistas de nossa fé,adulterarem tanto nossos fundamentos,promovendo uma modernização descabida,enquanto magismos verdadeiros vão se perdendo e cada vez mais aparecendo corruptelas vazias de axé em seu lugar,profanando ritos antiguíssimos,vindos de um período antecessor á anunciação da Umbanda feita pelo Caboclo das sete Encruzilhadas.
A idéia do axé e da permissão sacerdotal fácil,sem muita dedicação,sem empenho,sem renúncias,sem obstinação, seduz um número cada vez maior de tolos que se intitulam médiuns,porém desconhecem seu verdadeiro perfil exigido pelas esferas superiores,e é justamente isso que estes malditos cursos prometem: aprendizado sem abstinêcia de nada em suas vidas,podendo ir-se aos cursos e antes da aula, tomar uma cerveja e comer uns petiscos num bar próximo...e ainda acham que isto tem validade?acham que o desconhecimento de informações passadas apenas á médiuns, dentro de um desenvolvimento mediúnico não irão lhes fazer falta? 
Acham que podem superar com livrinhos,anos de contato ‘’in loco’’ com as mais variadas situações que a prática mediúnica lhes descortina ao conhecimento?
Estes pseudo-médiuns vagueiam de casa em casa e não conseguem se fixar em lugar algum pois sua vaidade, egocentrismo e pouca experiência não lhes permite e ainda culpam á tudo e todos por serem tão volúveis sem saber, desconhecendo o sábio ditado que: ‘’pedra que rola muito não cria limo’’
Acham que suas casas e suas zeladorias são sempre culpados pela sua própria incompetência em continuar trilhando o as vezes árduo caminho umbandista,justamente por ter costumes,hábitos e manias á tanto tempo arraigados em seu estereótipo que não mais conseguem se desvencilhar deles.
Até quando vamos ter que conviver com as asneiras que os ‘’baluartes’’ de nossa umbanda tentam pregar,não no sentido de modernizar ou codificar propriamente a umbanda,mas sim realizarem propagandas subliminares de suas instituições?
Até quando verei minha casa ,que á 16 anos realiza um trabalho assistencialista e digno de nossos ensinamentos,num sentido generalizado,ser difamada,denegrida por conta de alguns péssimos representantes de nossa fé,que somente se utilizam de nossa religião e mal conhecem seus fundamentos?

Até quando vou ouvir relatos de pessoas que: foram lesadas,roubadas,extorquidas,chantageadas,agredidas,abusadas sexualmente,etc e tiveram tantos traumas no contato com nossa religião, que hoje mostram-se totalmente descrentes da possibilidade de ainda existirem bons e honestos trabalhadores de nossa seara.
Quanta sujeira ainda teremos de ver acontecer e os supostos órgãos competentes de nossa religião nada realizarem para coibir este circo que algumas casas estão tentando transformar nossa umbanda.
Quero e concordo com a intromissão de órgãos/pessoas competentes em minha casa,não com o intuito de codificar,padronizar ou regimentar a minha forma de praticar caridade,mas sim para supervisionar a qualidade de meus trabalhos,a transparência e a honestidade de nossos atendimentos e verdade de nossas entidades, se não for prá isso, suas mensagens,convites para eventos,e-mails de congratulações regados de elogios interesseiros e bajuladores se fazem totalmente desnecessários em meu terreiro de umbanda
Pai Mario de Ogum


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terça-feira, 4 de março de 2014

SENSAÇÕES...

Quem já esteve em um terreiro de umbanda,nem que seja como simples curioso(a),que acaba indo porque a amiga,o amigo,o vizinho,o colega de trabalho ou ás vezes um parente convida insistentemente  e chegando lá começa á sentir uma enorme variedade de sensações,algumas nunca sentidas antes?
Fique tranquilo(a) se já aconteceu ou acontece com você,pois acontece com 9 á cada 10 pessoas que visitam um terreiro pela primeira vez  e para nós praticantes,vemos isso com extrema naturalidade,pois entendemos e conhecemos todas ou (quase todas) possíveis causas destas sensações,emoções,etc


Ao entrarmos em um recinto onde exista um trabalho espiritual acontecendo,devemos entender que o padrão vibracional daquele ambiente está totalmente modificado em relação ao nosso plano físico,ou seja,existe lá o que chamamos de egrégora  espiritual e este envoltório com certeza não será tão rapidamente reconhecido pelo ‘’seu’’ padrão vibracional,por estarmos ,na maioria das vezes mais densos ou ‘’carregados’’do que os médiuns que ali estão,devidamente preparados para o trabalho mediúnico,ilustrando:
Aqui em nossa casa por exemplo,em dia de culto,nosso corpo mediúnico está totalmente engajado e comprometido com o trabalho que será realizado e desde a véspera do culto,já estão se preparando fisicamente,espiritualmente,ritualísticamente e psicologicamente para esta empreitada,melhorando a qualidade de seu tônus vibracional de modo á se afinizar melhor com as entidades que irão trabalhar no culto e propiciar á elas uma melhor qualidade de conexão e acoplamento.
Quando alguns médiuns começam a vibrar numa intensidade vibracional mais equalizada,cria-se então a egrégora ,que é a força etérica que sustenta a qualidade de nosso trabalho e nos mantém equilibrados enquanto manifestados.
Neste momento á fim de proteger os limites períspirituais da casa,e começar as devidas averiguações astrais,todos os casos mais densos,as pessoas mais contaminadas e os problemas de maior vulto que possam estar na assistência começam á ser identificados pelas entidades,no sentido de serem diagnosticados e manipulados no momento de contato com estas pessoas/casos/situações.


Começa a acontecer nestes momentos iniciais de sondagem e averiguação,toda uma harmonização do campo vibratório de cada consulente,de cada pessoa presente no local á fim de coibir e minimizar perdas energéticas desnecessárias ,  que poderiam adulterar a qualidade de observância das entidades trabalhadoras da casa,passando á gerar,por conta desta súbita e repentina mudança vibracional algumas sensações  que se apresentam de forma clara á muitas pessoas fazendo-as na maioria das vezes assustar-se com elas...
Denomino sensações, todas as variações físicas,corpóreas  e sensoriais que normalmente não se apresentam frequentemente á uma pessoa,apenas em contato com a esfera espiritual,ouvindo os tambores,sentindo o perfume do incenso,tendo algum contato com alguma entidade.
As sensações mais frequentes e comumente vistas são: náuseas,dores ou incômodos estomacais,dores de cabeça,tremores,suor excessivo,palpitações,tonturas,movimentos involuntários do corpo,vontade de chorar,vonta de rir,pânico,vertigens e desmaios.
Todas estas sensações sentidas por consulentes, participantes e médiuns em iniciação, são totalmente inofensivos á integridade física,porém causam temor em quem não as sentem com frequência,criando na maioria das vezes uma ‘’primeira impressão’’ negativa da casa e da religião,já que em contato com outras denominações, nenhum destes sintomas haviam acontecido ou se apresentado de forma tão aguda assim.
Na hora do contato,consulente/entidade,esta cria mentalmente uma ‘’teia’’ onde irá depositar toda a carga espiritual que estava atuando em torno da aura do consulente, fazendo-o sentir as mais variadas sensações,ora boas,ora ruins,pois como já disse,esta  súbita modificação de tônus vibracional,ás vezes não é lido com rapidez pelo organismo físico,neste momento, deve o consulente,médium etc manter-se sereno e extremamente confiante no trabalho que está sendo realizado pela entidade ,á fim de lhe facilitar a conexão telepática e e facilitar o trânsito de informações necessárias á entidade.


A rejeição orgânica  e o consequente mal estar fisíco  pelo contato mediúnico ,acontece apenas pelo fato de um determinado organismo fisíco ainda não estar devidamente preparado e afinizado com todas as transmutações que ocorrem na mecânica de incorporação no corpo de um médium manifestado e não por ser este inoperante,incapaz ou estéril para a prática mediúnica,é necessário toda uma aceitação orgânica e mental para que as conexões ocorram de forma imparcial,sem sofrer modificações ou adulterações por parte dos médiuns.
Vejo,com tristeza que estas sensações são responsáveis por boa parte do abandono de frequentadores,simpatizantes e médiuns  em  nossa religião,já que muitos não esperam estes sinais se dissiparem e acabam rotulando o contato com o mediunismo, como ‘’nocivo ao bem estar fisico’’;o que é uma pena ,pois a grande maioria destes sintomas e sensações desaparecem á partir da completa aceitação mental e psicológica acerca da prática mediúnica por parte do médium,ou seja estando ele totalmente apto ao trabalho espiritual,tudo muda,tudo se modifica,tornando mais fácil nossa jornada.


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