quinta-feira, 24 de outubro de 2013

DÚVIDAS DE ALGUNS...

Para atender alguns pedidos sobre determinados elementos de nossa crença e para que eu não tenha que falar sobre isso em doutrina aí vão as denominações pedidas
Umbanda é a religião mais genuinamente brasileira que existe. Enquanto o Candomblé possui uma raiz puramente africana a umbanda sintetiza também elementos  da cultura europeia (espiritismo) e a religiosidade indígena. Para conhecê-la é importante conhecer o significado de algumas palavras e termos importantes que usamos em nosso terreiro para em seguida entender como funciona a Gira:
Amacís: Banhos e macerados de ervas que servem para a purificação, dissipação de energias negativas, curas físicas e espirituais.
Congá: é o santuário ou altar da Umbanda que reúne uma enorme quantidade de objetos: imagens, de santos católicos incluindo Jesus Cristo, pretos velhos, caboclos, e não seria de admirar se ali também fossem colocadas imagens de deuses hindus,velas, flores e até símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil.
Erós: segredos
Gira de Umbanda: é um termo cujo significado é sessão umbandista, com cânticos, danças, rezas e passes magnéticos fluidificados. As giras internas são fechadas para os que estão se iniciando na religião, desenvolvendo a mediunidade; as giras externas, abertas ao público, destinam-se à promoção de curas e resolução dos mais diferentes problemas.
Guias: São colares que funcionam como amuletos, confeccionados com materiais magnéticos, por suas propriedade físicas 
a força simbólica, como cristais de rocha, sementes, conchas do mar, fios de cobre, algodão ou alpaca. Servem para proteger os mediuns contra ataques de energias negativas. Não é o número de guias que garante a eficácia do recurso: uma só guia eficientemente imantada é suficiente para cumprir o objetivo a que se destina. As guias de miçangas coloridas têm apenas valor simbólico: funcionam como um placebo, "muleta psicológica" [PARRA].
Mironga: magia
Tronqueira: Casa de Força do Guardião, que na Umbanda é um Exú, é instalada na porta das Tendas de Umbanda: uma casinha de alvenaria onde são colocados materiais para fixação e desagregação de energias: positivas e negativas, respectivamente, oferendas destinadas a satisfazer ao Exú Guardião. Entre esses materiais destacam-se a água, defumadores, velas e aguardente. O aguardente [cachaça mesmo] serve para que o "Exú chefe da casa e para que todos os Exús possam haurir [absorver] esse elemento e fazer vibrar suas poderosas correntes higienizadoras..." [PARRA].
Pemba: Calcário margoso, caotim, espécie de gesso. Possui largo emprego na Umbanda. A pemba é obrigatoriamente encontrada em locais onde há liturgia propiciatória da abertura dos caminhos [Áscar Ribas. Izomba, p 132, Luanda: Tipografia angolana, 1965]. Pembas de diferentes cores são usadas para marcar ou traçar os pontos sobre o solo ou sobre tábuas de madeira. Também podem ter uso corporal e em outros locais. As cores obedecem às relações simbólicas das entidades: branco para Oxalá; verde, Oxóssi e caboclos; azul e vermelho, Xangô; preto e vermelho, Exu; vermelho, Ogum, etc.. As pembas são adquiridas em embalagens individuais - como pequenos bastões. Pemba também é preparado em pó de diferentes materiais. O pó é usado soprado ou colocado em locais especiais, sobre objetos e pessoas. Para fazer o pó de pemba são utilizados: penas, ossos, raízes, frutos, sementes, chifres etc.
Pontos Cantados: são cantos cuja entonação, pretendem os umbandistas, geram as freqüências vibratórias necessárias ao trabalho dos mediuns, são admitidos atabaques, tambores de qualquer tipo, chocalhos ou palmas, considerados intrumentos anímicos. São uma espécie de versão "brazuca" de mantras e os mestres da religião afirmam que os "pontos de Raiz", mais eficientes, são transmitidos por Espíritos. 


Pontos Riscados: Os Pontos Riscados são símbolos traçados com pemba. Servem como meio para estabelecer contato entre os mediuns e os Espíritos. É uma método presente na Magia ocidental segundo a qual as entidades desencarnadas e outros seres do invisível vêem os seres vivos como formas geométricas em emanações luminosas. No entendimento umbandista os sinais atraem ou repelem "correntes de energia" e são traçados pelos próprios espíritos. Além disso, cada espírito tem seu signo de identificação e outros signos para suas suas mirongas [magias]. Abaixo, alguns destes pontos riscados conhecidos e divulgáveis [porque outros são secretos]:

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INICIAÇÃO DO MÉDIUM


 O médium iniciante, e mesmo os não tão iniciantes que já têm incorporações positivas mas que ainda não receberam ordem de trabalho,aliás como sempre é falado aqui em doutrina, devem sempre lembrar de que o trabalho mediúnico, longe da proteção da corrente (egrégora) de seu Terreiro, Templo, etc., deve ser evitado para sua própria segurança (atenderão prá passe dentro de seu terreiro ).
Não raramente vemos médiuns que mal sabem caminhar por si, acharem que por "receberem" a entidade X ou Y no Terreiro (principalmente se for um Exú ou Pomba-gira), já estão preparados para "darem consultas" e "desmancharem" trabalhos. Se perguntados sobre o que sabem respondem logo:
-"Eu nada, mas é a entidade quem tem que saber tudo"-como tínhamos exemplo do nosso irmão NENO DE OGUM.


Esses são os eternos "CAVALOS DE ENTIDADES". São montados, usados, e não raramente largados mais cedo ou mais tarde por essas entidades que se diziam Esse ou Aquele e que quase sempre não são nem um nem outro.
Sorte a deles se por qualquer motivo ou até mesmo extrema boa intenção, conseguiram atrair para junto de si entidades que sejam realmente positivas e os possam levar por caminhos idem. Infelizmente isso não é o que acontece na maioria das vezes, pela inclinação natural do ser humano de querer usar a mediunidade como meio de conseguir notoriedade e até mesmo bens materiais,dinheiro como muitos fazem por aqui, o que os faz se aproximarem ou atraírem entidades que pensem do mesmo jeito.
Pelo que vemos é de extrema importância que um médium iniciante receba informações precisas que, se bem aprendidas, o livrarão de boas emboscadas do baixo astral, não só no início, mas em toda a sua vida mediúnica.

Todo dirigente honesto e que tenha reais conhecimentos no trato com o mundo espiritual, Elemental etc., tem que saber muito bem que não basta (para que um médium, e mesmo os que não se acham médiuns, venham a ser realmente positivos) que se cumpram os preceitos físicos (ex: freqüentar as reuniões, ser batizado dentro do ritual específico, realizar suas "obrigações" etc., etc., etc.) de sua doutrina religiosa (seja ela qual for). Se a pessoa não assumir um comportamento adequado com os ensinamentos, não for honesto e leal consigo e com os seres invisíveis (não para todos) estará fadada a grandes infortúnios.
Qualquer um que queira "ganhar o Paraíso" NO GRITO apenas por meios materiais, sem se preocupar com sua própria mudança interna, ESTÁ SE ENGANANDO e enganando a todos os que o seguem.
De nada adiantam os "brejás", os "patuás", os "santinhos", os "azeites ungidos", os "dízimos", as "salvas", as "obrigações" as "peregrinações" se o adepto do culto (seja ele qual for) não procurar a melhoria de seu EU INTERIOR através do culto ao verdadeiro amor, e à verdadeira honestidade para com essas entidades positivas que se busca alcançar. Ninguém vai comprar, seja por que meios for, o seu lugar no paraíso. Não é e nunca será por presentes e oferendas que o homem se verá livre das mazelas que quase sempre atrai por seus próprios pensamentos, palavras e atitudes.
Por que nos preocupamos tanto com esses aspectos da religião?
Porque os erros que vemos hoje são ainda os erros que fazem parte do passado de todas as religiões.
Porque as pessoas procuram as religiões ainda nos dias de hoje, ou apenas para se livrarem de males que as acompanham ou para conseguirem através delas e de supostos santos ou seja que nome se lhes queiram dar, os bens materiais, a notoriedade diante de outros por suas "posições de destaque" nos cultos, auferidas por interesses não raramente mesquinhos, e até mesmo em cargos políticos conseguidos pelos votos de pessoas que acham que, por conseguirem eleger seus "representantes" estarão mais protegidas ou terão seus desejos satisfeitos e, em se tratando de Umbanda, Umbandomblé e principalmente Candomblé, muitos são os que se achegam para se exibirem com seus "guias", seus colares, enfeites e o pseudo poder de suas entidades, esquecendo-se que por trás e acima de tudo isso estão entidades que não são meros bonecos que aceitem todas essas demonstrações como atitude de seres que queiram realmente evoluir. Não entenderam ainda que para que haja religação (religião) é preciso que o ser humano saia dessa farsa em que se encontra e pare de achar que os seres espirituais superiores têm que aceitá-los como eles são e que "as portas do céu estão abertas" para todas essas ignomínias que cometem" em nome das religiões".

Entendam filhos e filhas, de uma vez por todas, que a verdadeira Umbanda (e acredito que todas as outras) foi criada na Terra para tentar elevar a consciência dos seres encarnados para mundos além desse material a que estamos presos temporariamente, no sentido de nos libertarmos aos poucos, do excessivo apego ao que de material existe, o que leva até mesmo ao fato de existirem desavenças e guerras onde irmãos chegam a matar outros em nome de um "DEUS", que pelo menos ao que se sabe, através dos ensinamentos de oxalá, só quer que as pessoas se compreendam e se amem. Pode haver maior contradição do que essa?
Nos preocupamos com esses aspectos da religião porque é preciso que todos os que nela se iniciam estejam cientes das responsabilidades que assumem consigo e com entidades mais e menos evoluídas que por certo se apresentarão para acompanhá-los pelos novos caminhos, bem assim como, cientes devem estar de que, desde que devidamente orientados, cada um é responsável pelas ações comportamentais que os levarão às vitórias reais ou a pseudo-vitórias temporárias com conseqüências às vezes funestas.
Irmão Dirigente, Pai No Santo, Babalorixá ou outro qualquer nome que queira ter em cargo de chefia, desde que o seja de fato, preste atenção:
Mais do que nunca é importante que as pessoas sejam corretamente orientadas nos cultos que envolverem práticas com o "Mundo Invisível". Todos nós sabemos que as armadilhas do Baixo Astral existem, que não são meras lendas e que elas acontecem até com o nome de Jesus diretamente envolvido. Todos nós sabemos que os que hoje vêm em busca de orientação, poderão ser amanhã os que levarão esses conhecimentos a outros, dando continuidade e até melhorando as formas de propagação de nossas doutrinas e cultos, e desse modo, é de suprema importância que os médiuns que nos procuram sejam honestamente orientados, recebam ensinamentos que sejam importantes para aperfeiçoarem seus dons mediúnicos de tal forma que possam ter acesso positivo às entidades dos diversos Planos Evolutivos e, principalmente, sejam levados a compreender que uma vez iniciado seu caminho dentro da Umbanda ou qualquer outra religião, sinceridade, honestidade, coragem e FÉ deverão ser as companheiras inseparáveis que os tornarão aptos a aprenderem com os que estiverem acima e ensinarem aos que estiverem abaixo.

Cada Dirigente de grupo ou Terreiro deve ter em mente que cada Ser que chega para ser orientado é como ele próprio - um Ser da Criação - e como tal, merece todo o respeito, cuidado e consideração daqueles que se aventuram a serem Líderes.
Cada Dirigente de Terreiro tem o dever de orientar seus dirigidos fazendo-os compreender suas responsabilidades e deveres para com o grupo, as entidades, os rituais praticados, consigo mesmo e principalmente com aqueles que vêm em busca de auxílio.
É muito importante que cada médium do Terreiro compreenda seu valor dentro do ritual e saiba que, se cada um der o melhor de si, todos serão beneficiados. É também muito importante que esses médiuns, iniciantes ou não, entendam que o grupo a que pertencem é tão poderoso quanto o indivíduo mais fraco que ali esteja (em outras palavras e como costumamos ouvir: "a corrente é tão forte quanto o mais fraco de seus elos"), e dessa forma, ainda que o Chefe do grupo "tenha grandes poderes mediúnicos", se houver no grupo pessoas medrosas, vacilantes, despreparadas, pessoas que por qualquer motivo possam ser presas fáceis do Baixo Astral, pode ter certeza : É por essa(s) porta(s) que uma "derrubada" ou ''demanda'' pode começar.
Raciocinando sobre tudo o que foi dito, veremos que:
 1.     Médium iniciante deverá sempre freqüentar Sessões especiais onde vai começar a aprender a ter contatos positivos com o Mundo Invisível;
2.     Médiuns iniciantes não devem participar de Sessões de Trabalho antes de terem preparação adequada, para que não comprometam a segurança do Terreiro e a sua própria.
3.     Médiuns iniciantes devem ser "trabalhados" para que consigam real contato com suas entidades protetoras e guias antes de se aventurarem a participar de trabalhos pesados e até mesmo de Giras de Exú.
4.     A preparação adequada de um médium iniciante tem que incluir obrigatoriamente a aprendizagem de conceitos como FÉ, HONESTIDADE (em todos os sentidos), CORAGEM (ausência de medo), e PERSEVERANÇA.

É tão importante essa fase de preparação que é a partir daí que se poderá formar médiuns de caráter, conhecimentos e possibilidades mediúnicas exemplares ou pessoas com dotes mediúnicos, conhecimentos e caráter deturpados por medos, prepotências, dúvidas, inseguranças, e como conseqüência, com atuações espirituais duvidosas, tanto no que diz respeito à atuação em si (como no caso de animismo, quando o médium pensa estar atuado e não está), como em relação ao real valor das entidades que realmente atuem sobre ele.
Se o médium é dado como "pronto" e verdadeiramente não está, longe de vir a ser mais um auxiliar positivo para os trabalhos do grupo, ele fatalmente virá a ser o "Ponto Fraco" por onde mais cedo ou mais tarde poderão se infiltrar elementos do Baixo Astral com todas as conseqüências.
Em relação a si próprio, o médium enganado (há também os que gostam de se enganar), pensando contar com a presença positiva de entidades idem, poderá vir a cometer erros comportamentais e ritualísticos que acabarão por atrair para ele (e talvez para outros) problemas de grande monta, levando-o até mesmo, na melhor das hipóteses, à descrença e ao abandono do culto.


























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UM POUCO DE HISTÓRIA



Nos primeiros anos da Umbanda, ainda no início do século XX, a repressão ao dito baixo espiritismo era bastante intensa. A Maçonaria, a Umbanda, o Espiritismo de Kardec e principalmente os cultos afro-brasileiros eram reprimidos com vigor. Pior ainda durante o período da ditadura Vargas, quando a polícia agia violentamente, com a justificativa de que a macumba tinha ligações com a subversão, servindo até para dar cobertura a grupos comunistas, segundo relatos da época. Uma lei datada de 1934 colocou todos esses grupos sob a jurisdição do Departamento de Tóxicos e Mistificações da Polícia do Rio de Janeiro, na seção especial de Costumes e Diversões, que lidava com problemas relacionados com álcool, drogas, jogo ilegal e prostituição. Praticar a Umbanda era então uma atividade marginal! (perdurou com tal classificação até a reorganização do Departamento de Polícia do Rio, em 1964)



Essa mesma lei de 1934 gerou uma situação dúbia: se o registro na polícia permitia aos terreiros a prática legal, concretamente, servia para facilitar a ação das autoridades, aumentando a possibilidade de intimidação e extorsão. Registrados ou não, os umbandistas e demais praticantes de cultos afro-brasileiros ficavam expostos à severa perseguição policial do Rio. Não era difícil ver a polícia invadir e fechar terreiros, confiscando objetos rituais, e muitas vezes prendendo os participantes. Benjamin Figueiredo, Zélio Fernandino de Moraes e muitos outros foram presos diversas vezes nesse período.

Mas havia um “modelo” que vinha conquistando seu espaço na sociedade brasileira: A Federação Espírita Brasileira (FEB), fundada desde 1º de janeiro de 1884. Nos anos 30, esta já conseguira se firmar como legítima representante do Espiritismo no Brasil, unificando, fortalecendo e tornando coesas as Casas espíritas.
O simbolismo que carrega o vocábulo “federação”, como idéia de unidade nacional, servia ao discurso da Era Vargas, que naqueles tempos já via com bons olhos a religião espírita, como mais uma fonte de pacificação e, principalmente, controle das massas pela elite “branca” da sociedade.


Tentando se livrar do estigma marginal dos feiticeiros, iniciou-se um claro movimento por uma auto-identificação dos umbandistas com o Kardecismo e com o alto espiritismo. O próprio termo espírita foi usado para esconder nomes e para disfarçar os praticantes da Umbanda de sua ascendência afro-brasileira, quase como uma nova forma de sincretismo, tal qual a máscara católica que as religiões afro-brasileiras se utilizaram nos tempos do cativeiro. Daí a denominação de tantas Casas umbandistas tradicionais: Tenda Espírita Mirim, Tenda Espírita Fraternidade da Luz, Tenda Espírita Estrela Guia da Umbanda, etc..


O movimento umbandista ganhava corpo e estruturava-se a fim de obter o status de religião brasileira. O exemplo da FEB deve ter parecido a melhor opção para as lideranças umbandista daqueles tempos. Criar uma federação para negociar com o Estado a regulamentação da Umbanda, e conseqüentemente o fim da repressão ao culto, inserindo assim a Umbanda na estrutura do Estado pela via institucional foi o caminho escolhido. Em 1939 fundou-se a Federação Espírita de Umbanda, atual União Espírita de Umbanda do Brasil. Zélio de Moraes, Benjamin Figueiredo, Tancredo Pinto e outros se uniram em torno de um só ideal: tirar a Umbanda da marginalidade, organizando-a como uma religião coerente e hegemônica e assim obtendo sua legitimação social.


Esse grupo realizou então o Primeiro Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda em 1941, onde essas lideranças apresentaram suas teses sobre a religião. A corrente predominante trazia à sociedade uma Umbanda original e evoluída que existiria desde o oriente, de onde teria se espalhado para a Lemúria (um lendário continente perdido), e daí para a África, onde teria degenerado para o feiticismo, forma que teria chegado ao Brasil pelos escravos negros. Assim, a influência africana na Umbanda não era negada, mas olhada como uma corrupção da tradição religiosa original, na sua fase anterior de evolução.

A defesa da nova definição do termo Umbanda, reflete bem o pensamento dos intelectuais da religião, unidos naquele primeiro congresso. Ali surgiu, pela primeira vez, a expressão AUM-BANDHÃ do Sânscrito aume bhanda, termos que foram traduzidos como "o limitado no ilimitado", "Princípio Divino, luz radiante, fonte de vida eterna, evolução constante". Tal tese, apresentada pela Tenda Espírita Mirim, é até hoje aceita por diversas correntes umbandistas.

Alguns estudiosos apontam nessa primeira tentativa de consolidação da Umbanda forte tendência de desafricanização e embranquecimento da Umbanda, uma vez que os demais líderes das religiões Afro-Brasileiras foram excluídos desse encontro histórico. Alegam também que a dita “lavagem branca” da origem da Umbanda pode ser encontrada em denominações comuns à época, como umbanda pura, umbanda limpa, umbanda branca e umbanda da linha branca no sentido de "magia branca". Termos que contrastavam com magia negra e linha negra, associados com o mal.

Mas a verdadeira luta de Zélio de Moraes, Benjamin Figueiredo e seus contemporâneos era pela descriminalização da prática da Umbanda, o que viria a ser o maior feito daquele Primeiro Congresso. Em 1944, essas mesmas lideranças umbandistas apresentam ao então Presidente
Getúlio Vargas um documento entitulado "O Culto da Umbanda em Face da Lei", conseguindo que o governo brasileiro aprovasse a descriminalização da nossa querida religião.


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