Venho
falar um pouco (e novamente) da minha preocupação com os inúmeros casos que
estamos ouvindo e as vezes presenciando em nossos atendimentos, acerca dos vários
casos de médiuns ainda despreparados espiritualmente,se arvorarem de sacerdotes
e realizarem sem saber ou poder, inúmeros trabalhos,procedimentos e rituais que
mais atrapalham do que ajudam, os incautos consulentes que os procuram em seus
locais de atendimento.
Espero que
através desta reflexão, escrita, primeiramente á mim mesmo ( afinal, tudo o que
eu escrevi, foi pensando á priori no “meu” sacerdócio, e o quanto posso estar
equivocado, ou ainda, usando mau o meu cargo,afinal temos que nos lapidar
sempre...) e se servir para alguém, apenas completará a intenção desta mensagem.
Filhos
(as) de umbanda, algumas considerações:
Não se faz
umbanda para glória e reconhecimentos particulares;
Não se faz
umbanda para se sentir maior ou melhor do que os outros;
Não se faz
umbanda para ter a pretensão de nunca errar;
Não se faz
umbanda para julgar e condenar os rituais e fundamentos de outras casas,apenas
evitarmos cometermos estes erros;
Não se faz
Umbanda para imaginar ser o detentor total da verdade.
Aquele que
busca o reconhecimento dos homens, não precisa do reconhecimento de Deus, por
que já tiveram a sua recompensa, são palavras de nosso Pai Oxalá.
Os
verdadeiros sacerdotes e a sacerdotisas de umbanda, não devem ter o sentimento
de superioridade diante de ninguém, afinal, somos iguais á partir do ponto que
entramos no ciclo reencarnacionista ,dentro da casa, somos mais experientes,traquejados
e não menos falhos que qualquer outro
médium...
Os líderes
verdadeiros da umbanda são humanos, passíveis de erros, porém tiveram seus
destinos religiosos préviamente rascunhados pelo astral e não por sua simples
vontade ou desejo de sacerdócio, são portadores de uma missão á mais, e já
trazem esta bagagem antes mesmo de conhecerem a religião.
Tratam
seus filhos (as) olhando nos olhos, com atitudes enérgicas, com sinceridade, justiça
, ética ,porém acima de tudo retidão.
Não fazem
acepção de pessoas, não escolhem, diferenciam ou privilegiam ninguém,não vivem
de umbanda e sim vivem para a umbanda.
Os líderes verdadeiros da umbanda, estendem a mão ao mais pobre e ao mais rico,
se importar por qualquer gratificação material, emprestam seus ouvidos á todos
que lhe procuram, sacrificam seu tempo e as vezes sua família em prol dos que
lhe pedem ajuda.
Não mandam
seus filhos fazerem coisas impossíveis de serem feitas, mas sim, os ensinam
fazendo junto.
Não perseguem nenhum médium na casa, quando este médium tem uma mediunidade rebelde e de difícil aceitação ou entendimento, mas sim procura sempre o orientar também de modo diferente.
Não perseguem nenhum médium na casa, quando este médium tem uma mediunidade rebelde e de difícil aceitação ou entendimento, mas sim procura sempre o orientar também de modo diferente.
Está
constantemente aprendendo, se atualizando , se esforça no seu particular
aprendizado, para repassar aos seus filhos tudo o que aprendeu e tem humildade
de dizer que não sabe, quando realmente não sabe. (o que parece ser tão difícil
para alguns...)
Sabem da
responsabilidade que tem, ao auxiliar no crescimento e evolução de seus filhos e zela com extremo
cuidado por todos, protegendo-os de tudo, sempre que necessário.
Sabem
dizer “sim” e “não” na hora certa, chamam a atenção, mas também elogiam, quando
isto se faz necessário.
Os líderes verdadeiros da umbanda não tem vaidade, não proclamam seus atributos á todo momento, não chamam para sí toda a atenção, sabem que a umbanda é um conjunto,um todo, e mesmo sabendo que são Pais e Mães espirituais, são apenas parte deste todo.
Os líderes verdadeiros da umbanda não tem vaidade, não proclamam seus atributos á todo momento, não chamam para sí toda a atenção, sabem que a umbanda é um conjunto,um todo, e mesmo sabendo que são Pais e Mães espirituais, são apenas parte deste todo.
Os líderes
verdadeiros da umbanda preparam os seus filhos (as) para trabalharem duro, pois
entendem a necessidade de espalhar a caridade e ajudar os necessitados.
São
verdadeiros proclamadores umbandistas, formando outros proclamadores, entendem
que na umbanda, não existe dogmas, tabus e são de fato filhos de fé,
preparados, coroados e confirmados.
Filhos e
filhas de fé de todas as vertentes umbandistas e futuros sacerdotes (izas):
Não se
percam com a vaidade, pois ela sempre destrói;
Não humilhem ninguém, pois também serão humilhados
Não enganem ninguém, Pai Ogum esta vendo vocês;
Não façam seus irmãos (ãs) de empregados, pois eles não o são;
Não se sintam, jamais, conhecedores de todas as coisas, pois conhecem muito
pouco ainda...
Não tentem (ou ousem) ser o que não são, pois um dia a máscara sempre cai;
Não
maculem a umbanda com invencionices , encenações e marmotagens.
Aceitem o
novo, mas com extremo cuidado para não perderem sua essência...
Não busquem
em outras religiões fundamentos, ritos ou sacramentos, pois na umbanda existe
tudo o que vocês precisarem, sejam umbandistas de verdade, por completo.
Evitem
criticar os rituais e fundamentos de outras casas, achando que somente os seus
são certos: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, o que une a umbanda é sua
unidade e não uniformidade, respeitem o diferente
Temos que
ser rígidos , mas não ditadores e
perseguidores e algumas leis aprendidas em nossa feitura de santo jamais devem
ser esquecidas ao longo de nosso desenvolvimento, portanto memorizem algumas
leis:
Somos discípulos, antes de sermos mestres
Somos filhos, antes de sermos pais e mães
Somos alunos, antes de sermos professores
Somos iniciados, antes de sermos iniciadores
Quem cura é seu caboclo
Quem convence é seu Preto-Velho
Quem desfaz o mal é seu Exú
Somos aparelhos, os guias são os comandantes
Orixás sem
nós ainda são tudo, nós sem nossos Orixás somos nada,lembrem-se do que sempre
lhes digo em doutrina ,somos nós que precisamos de nossos guias e não vice
versa...
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