Todo e qualquer trabalho mediúnico e energético dependem,
também, do corpo físico, das energias do corpo físico e, portanto, depende
diretamente do estado de saúde do médium que realizará o trabalho, o qual
depende e, ao mesmo tempo, interfere no seu estado mental e emocional.
Toda doença física é a materialização de um desequilíbrio
psíquico e/ou energético prévio.
E quando este desequilíbrio se materializa no corpo físico, é
porque já estava “encubado” nos outros corpos energéticos há mais tempo e
passou desapercebido á todos.
O transe mediúnico e o trabalho mediúnico, seja de que tipo for,
em geral exige um esforço também físico por parte do médium, o qual consome uma
porção de suas energias para se realizar.
Se ele já estiver energeticamente debilitado por uma doença
física, se não estiver com as suas energias equilibradas, pode ficar
desvitalizado e, conseqüentemente, piorar ainda mais o seu estado físico, já
que a captação e a rearmonização das energias, depois de um trabalho, também
exigem boas condições mentais e emocionais para acontecerem, o que o médium não
terá se não estiver se sentindo bem.
E, sem fazer essa captação de forma eficiente, poderá sair do
trabalho em pior estado do que quando entrou, por isso é que se recomenda que o
médium não trabalhe quando estiver doente, preservando-o de um desgaste ainda
maior, pelo menos aqui em nossa casa agimos desta forma.
Além disso, como a condição física sempre interage intimamente
com as condições mentais, emocionais e espirituais do médium, evitando que ele
trabalhe quando está doente, evitamos também que alguma energia desequilibrada
passe para as pessoas ou entidades á serem atendidas, o que poderia causar mais
perturbação do que benefícios e evitamos, também, que o médium, em vez de doar,
“roube”, inconscientemente, energias do consulente.
Como a espiritualidade explica: “desde que o médium se encontre
enfermo, a sua tarefa mediúnica se torna contraproducente, uma vez que ele
projetará algo de suas próprias condições físicas e orgânicas sobre os consulentes
á que tiver contato e que se sintonizarem passivamente à sua faixa vibratória é
o que chamamos de “psicofísica”.
"Entre o médium doente e o paciente mais vitalizado, a lei do mundo “astral” transforma o primeiro num
vampirizador das forças magnéticas que, porventura, sobram no segundo, ou seja,
inverte-se o fenômeno.
Em vez de o médium transmitir fluídos terapêuticos ou vitalizantes, ele termina
imantando para sí as energias alheias, em benefício do seu próprio equilíbrio
vital.”
Nestes casos, o médium deve ser capaz de reconhecer através de seu bom senso e humildade, que não
tem condições de trabalhar e o dirigente responsável pelo trabalho deve ter também
o bom senso de não exigir desse médium o sacrifício, pedindo que trabalhe mesmo
assim.
Isso não significa que qualquer dor de cabeça ou unha encravada
no pé possa ser usada como desculpa para não se trabalhar, estou falando de
problemas de saúde que realmente estejam debilitando e limitando o médium em
sua capacidade de concentração, atenção e doação e em seu vigor físico, e não
de qualquer leve indisposição ou mesmo preguiça, á que todos estamos sujeitos
no dia a dia muitas vezes agitado que levamos.
Medicamentos
Assim como os alimentos, os medicamentos também têm energias
próprias, que interagem diretamente com as energias físicas e extrafísicas de
quem os consomem.
Há medicamentos que, por sua ação mais intensa sobre o sistema
nervoso, interferem diretamente sobre as energias do duplo etérico e da aura,
interferindo também na sensibilidade mediúnica.
Anestésicos, calmantes, excitantes, antidepressivos, etc. são
substâncias que têm ação direta sobre o sistema nervoso e interferem não só nas
energias físicas e espirituais, como também na consciência e na lucidez,
afetando muito a capacidade de concentração e a atenção do médium quando em
trabalho.
No entanto, o médium que esteja fazendo tratamento com alguma
dessas substâncias não precisa ser afastado do trabalho, até para que o
afastamento não venha a complicar ainda mais as condições que o levaram a precisar
desse tipo de medicamento.
Como sempre oriento aqui em nossa casa, todo e qualquer
medicamento de uso contínuo não precisa ser evitado para que haja um bom cumprimento
mediúnico, afinal o astral sempre respeitará esta necessidade orgânica e jamais
interferirá nisso.
O mais indicado é que o médium seja “remanejado”, ou seja, que
ele não atue mediunicamente ou nos passes, pelo menos por um tempo, mas
compareça aos cultos normalmente e desempenhe outras funções durante o período
em que estiver utilizando estas substâncias de forma mais intensa ou mesmo que
fique na assistência do terreiro.
Não basta cuidar da mediunidade, é preciso cuidar do médium, da
pessoa, do seu reequilíbrio, e não podemos ignorar que é no kit
pensamento/emoção que se assenta a mediunidade.”
É importante ter em mente que o médium é um ser encarnado como
qualquer um de nós, e não um super-homem.
Por isso, está sujeito aos mesmos problemas e perturbações que
as outras pessoas e o fato de adoecer ou precisar de ajuda profissional ou
medicamentos não é declínio para ele, nem como pessoa, nem como médium.
É preciso tratarmos os médiuns
como seres humanos, imperfeitos também, sujeitos a altos e baixos, mas tentando
acertar, tentando crescer e melhorar, como todo mundo.
É importante não pensarmos que
médiuns não erram, não se enganam, não falham, não fracassam, não fraquejam.
Não se deve exigir deles mais
do que exigimos de nós mesmos, pois eles não são criaturas especiais, dotadas
de poderes e forças sobre humanas.
São apenas seres humanos.
Muito bom o texto.
ResponderExcluirBastante acessível e esclarecedor.
Certamente a consciencialização da saúde\doença deve existir, tanto nos médiuns quanto nos sacerdotes responsáveis, por um trabalho, por um atendimento e por uma religião melhor.
Um grande abraço! Axé!