domingo, 17 de junho de 2012

COMEÇO DÍFICIL

Todo mundo deve saber através de leitura,pesquisas e comentários dos mais velhos como foi difícil o ínicio da propagação da umbanda em nosso país,pois se achava que se tratava de mais uma seita que aparecia no cenário religioso brasileiro onde espíritos supostamente atrasados vibravam ainda carregando seus arquétipos mundanos,jamais se imaginando que este movimento se tornaria numa religião iniciática com milhões de adeptos e outros tantos simpatizantes.
Sabemos que no ínicio,quando as primeiras diretrizes foram ensinadas e começaram á surgir as primeiras casas e terreiros,estes eram obrigados a utilizar o termo ''espírita'' no nome das casas,não podendo em hipótese alguma se utilizar o termo ''umbandista'' nas fundações das casas,tendas e terreiros.




A umbanda nasceu e se criou boa parte de sua idade sendo associada a marginalização,á pessoas incultas e as classes mais baixas da sociedade como frequentadores e práticantes.
Todo o ensinamento era passado de forma oral pelas entidades que se manifestavam,dando aos médiuns a única forma de aprendizado sobre as leis da umbanda,já que na época as escassas publicações literárias que se encontravam eram de cunho kardecista,que muito pouco explicavam sobre outras formas de mediunismo,a transmissão de sabedoria dos primeiros sacerdotes(izas) era feita de forma extremamente comedida á poucos integrantes da família de santo,somente uns poucos eram merecedores do ensino e aprendizado repassados de forma sigilosa e fragmentada.


A grande maioria dos médiuns práticantes ficavam com quase nenhuma informação, tendo que realmente se empenhar nas rotinas do terreiro para absorver o máximo possível de entendimento sobre o lado espiritual umbandista que praticavam.
Porém com todas estas dificuldades que a falta de informação causava,víamos uma prática mediúnica mais eficaz e convincente do que vemos hoje,com o advento da internet formam-se Pais e Mães de santo hoje em dia até em lanhouse,computador do trabalho ou no residencial,temos ''infelizmente'' á nossa diposição uma varidade enorme de dicas,ensinamentos e bases comportamentais de como ser um zelador(a) de terreiro,dispensando a vivência dentro de um terreiro e quase abolindo-se a necessidade das ''feituras de santo'',períodos justamente destinados ao nosso aprendizado e auto lapidação.


Esta realidade vai na contramão do que ensina o astral umbandista,onde se prega que somente com o convívio,á prática vivencial e a reforma íntima se forjam um médium devidamente preparado para as mais variadas adversidades da jornada mediúnica.
Sabemos que nesta enorme variedade literária de opções á que recorrem médiuns e simpatizantes,encontram-se muitas verdades e muitas mentiras acerca de nossa doutrina que levam neófitos á dúvida e á auto-sugestão fazendo-os realizarem obras,trabalhos e atendimentos que por muitas vezes ainda não estão preparados á realizar,colocando em risco consulentes,frequentadores e á si próprio.
Entendo que este problema é viral,pois atige de sacerdotes(izas) á iniciantes dentro de uma família de santo e que não temos nenhuma forma de coibir ou proibir o acesso a web,porém sempre peço cautela em pesquisas e leitura para que possamos averiguar a veracidade das informações obtidas e a possível concordância com nossa cartilha interna,para que tenhamos um menor índice de divergências entre nossa doutrina e a internet

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TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê

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