As pessoas se iludem com aspectos personalistas das entidades, se deixam levar criando uma mitologia toda própria de suas entidades e se sentem parte disto, como se afirmar personalidades fosse algo bom ou desejável na Umbanda ou em qq religião.
Tudo que faz crescer na Umbanda nos alerta para a necessidade da diminuição do ego e do entendimento de que estamos apenas de passagem por aqui e por estas cascas de carne e mentalidades que compõem nossos corpos densos, como solução para isso a Umbanda,
humildemente assim entendo, busca a integração de todos os aspectos da personalidade, TODOS, e portanto não dá preferência ou melindra qq parte que compõe nosso eu, isso também se reflete no trato com as entidades e ganha talvez algumas diferenças conforme se orienta a ética e a forma dos trabalhos e ritualística seguida por cada um.
Não estou dizendo que alguns se apropriem das experiências e histórias de suas entidades, muito embora isto também ocorra, estou falando que acho absurda a extrema valorização de umas entidades em detrimento de outras e de algumas características de entidades claramente ainda em desenvolvimento como se fossem verdadeiros mestres, tudo isso me soa como armadilhas de nosso emocional, e o mais grave é que alguns sabem disso e fingem-se desentendidos.
A necessidade de construir uma vida mais bonita e feita de algo maior que nós mesmos, negando a verdade tosca de nossa existência, justificando maus hábitos e comportamentos viciosos com o velho "mas faço a caridade em meu terreiro uma vez por semana", "minha entidade é tão boa" ou "tão sábia", e esquecem de buscar a boa ética e a sabedoria em suas ações.
Terreiros estão cheios disso, mares de pessoas seguindo como gado sem pensar e refletir sobre suas próprias vidas e motivações e defendendo a todo o custo seus velhos e maus hábitos viciosos.
O que acontece é que as entidades espirituais passam a representar para alguns, a maioria em algum momento do caminho, a possibilidade de uma nova história de vida, de novas experiências e novas personalidades que os médiuns erroneamente associam como pertencentes a eles, com isto enchem suas vidas de fantasias e de novas possibilidades de personificar novos papéis, tudo se faz por personalismo e pela afirmação de emoções e "fatos" que em verdade não os pertencem, afastam-se das próprias vidas cheias de coisas comuns, de sentimentos banais e de defeitos que tentamos simular ou esconder.
"sou assim porque sou de escorpião"
"sou assim e não mudo"
"tenho tal fulano que me protege e era soldado de confiança de um grande rei"
"sou cavalo do exú tal"
"são as energias de Seu Fulano"
Tudo falta de equilíbrio e desconhecimento que nós somos sempre responsáveis únicos e absolutos por tudo em nossas vidas, e que as mudanças ocorrem o tempo todo e portanto integrar todos os aspectos de nossa personalidade pode significar ser mais aberto ao novo e mais livre de influências aprisionadoras do nosso emocional, sempre pronto a nos enredar em suas armadilhas de manter confortáveis nossas mentiras diárias.
Não se espante, acho exatamente o que escrevi e por vezes vejo isso também em mim, estar atento e vigilante para não se deixar enredar pelas próprias mentiras é um ato de disciplina diário e necessário, principalmente para médiuns de Umbanda, e não estou imune a isto.
Vamos fazer a vida com mais verdade, sem fantasias tolas.
ESTAS SÃO AS NORMAS QUE PROCURAMOS ADOTAR SEMPRE!
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meu pai de santo e de umbanda.... mas eu gostaria de saber se é certo ele casar-se com a mae pequena na casa
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