terça-feira, 18 de junho de 2013

MEU AMIGO ZÉ...


Sobre o Zé Pilintra, existem várias histórias contadas de boca em boca, tão cheias de ousadia e mistério quanto as de outros mitos nordestinos tais como o cangaceiro Lampião e sua parceira Maria Bonita; o bandido Cabeleira; o cangaceiro Corisco e tantos outros.



Todos que conhecem ou ouviram falar de Zé Pilintra concordam ao menos em um ponto: ele era um pernambucano e não levava desaforo pra casa, frequentava os cabarés da cidade de Recife, defendia as prostitutas, gostava de música, fumava cigarros de boa qualidade e apreciava a bebida.




Contam que nasceu no povoado de Bodocó, sertão pernambucano e muito criança teve que fugir da terrível seca de meados do século passado, a família de José dos Santos rumou para a Capital Recife em busca de uma vida melhor, mas o destino lhe roubou a mãe, antes mesmo que o menino completasse 3 anos e, logo a seguir se pai morreu de tuberculose . zézinho ficou orfão e teve que enfrentar o mundo juntamente com seus quatro irmão menores. Cresceu no meio da malandragem, dormindo no cais do porto e sendo menino de recados de prostitutas. Sua estatura alta e forte granjeou-lhe respeito no meio da malandragem. Não apartava nunca de uma peixeira de seis polegadas de aço puro que ganhara de um marinheiro inglês com o qual fizera amizade.







Conta-se que, certa vez, Zezinho, teve que enfrentar cinco policiais numa briga no cabará da Jovelina, no bairro de Casa Amarela.



Um dos soldados recebeu um corte de peixeira no rosto que decepou-lhe o nariz e parte da boca. Doze tiros foram disparados contra Zezinho, mas nenhum deles o atingiu. Diziam que ele tinha o corpo fechado.



Naquele mesmo evento, Zezinho conseguiu desvencilhar-se dos soldados, ferindo-os gravemente, um dos quais veio a falecer dias depois. Antes que chegassem reforços, Zezinho já tinha fugido ileso, indo se esconder na casa do coronel Laranjeira, um poderoso usineiro pernambucano, protetor do rapazote. Contava ele, naquela ocasião com 19 anos de idade e por este fato passou a se chamar Zé Pilintra Valentão. Este apelido foi dado pelos próprios soldados da polícia pernambucana. Pelintra significa pilantra, malandro, janota etc.

Tempos depois de sair do esconderijo, Zezinho agora apelidado de Zé Pelintra Valentão, passou a fazer fama na cidade de Recife. Embora fosse querido por todos que o conheciam, não perdia uma briga e sempre saía vitorioso.



Gigolô inveterado, tinha mais de vinte amantes espalhadas pela cidade, das quais obtinha dinheiro para sua vida boêmia. Sempre vestido em impecáveis ternos de linho branco, camisas de cambraia adornadas por uma gravata de seda vermelha e um lenço branco na algibeira do paletó; na cabeça um chapéu panamá e os sapatos de duas cores compunham-lhe o tipo. Não raro poder-se-ia encontrá-lo sobraçando um violão pequenino, indo ou vindo das serestas, dos cabarés e botequins que frequentava. Nunca lhe faltava dinheiro no bolso, nem amigos para mais um trago.

Dentro de nossa umbanda,da forma explicada em doutrina em nossa casa é que existem várias falanges de Zé Pelintra. Dentre elas: Zé Pelintra do Cabo, Zé Pelintra dos Anjos, Zé Pelintra das Almas, Zé Pelintra da Lapa, Zé Pelintra da Estrada ,cada falange tem sua própria lenda. São homens que tiveram uma história de vida muito semelhante a de Zé Pelintra: fanfarrões, beberrões, mulherengos, sempre envolvidos em brigas, etc. Geralmente, morriam assassinados por amantes, por homens destas, ou ainda, por amigos traidores. Assim sendo, após desencarnarem, receberam auxílio espiritual e assumiram a falange de Zé Pelintra. Tem o direito de falar em nome deste, porém, tem sua prória história de vida e de morte.
Não é por ser seu aparelho,mas acho que poucas entidades na umbanda possuem sua magnitude em tantas esferas religiosas como o Sêo zé,querido por muitos,mesmo tendo sua imagem e arquétipo tão distorcidos por quem não o conhece bem,se bem que muuuitooos conhecem e chegam aqui dizendo que nunca ouviram falar!!!
vejam só isso: 

http://youtu.be/HJQ6jE3FXuE


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TUOD Tenda de Umbanda Ogum Delê








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