Uma senhora, com visível ar de derrota estampado no rosto, entrou
num mercado, aproximou-se do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro e arrogante , e
lhe pediu fiado alguns mantimentos. Ela explicou que o seu marido estava muito
doente, não podia trabalhar e que tinham quatro filhos para
alimentar.
O dono do mercado zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento,com aquele jeito irritante que alguns imigrantes que prosperaram na cidade de são paulo carregam.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
- "Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu o tiver..."
O dono do mercado zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento,com aquele jeito irritante que alguns imigrantes que prosperaram na cidade de são paulo carregam.
Pensando na necessidade da sua família ela implorou:
- "Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu o tiver..."
Ao que o comerciante lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta no seu mercado
Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do mercado e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.
Então o comerciante falou meio relutante para a mulher:
- "Você tem uma lista de mantimentos?"
- "Sim", respondeu ela ...
- "Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos".
A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.
Os três ficaram admirados quando o prato da balança com o papel desceu e permaneceu embaixo.
Completamente pasmo com o marcador da balança, o comerciante virou-se lentamente para o seu freguês e comentou contrariado: - "Eu não posso acreditar!"
O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança. Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.
O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...
Finalmente, ele pegou o pedaço de papel da balança e ficou espantado pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia: - "Meu Deus, o senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em Suas mãos..."
O homem deu as mercadorias para a mulher no mais completo silêncio. Ela agradeceu e deixou o armazém.
O freguês pagou a conta, dizendo: - "Valeu cada centavo!"
Muito mais tarde o comerciante reparou que a balança havia quebrado.
Só Oxalá sabe
o quanto pesa uma prece...
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