Às vezes,em conversa alguém me pergunta se a umbanda mudou ou está mudando e eu tenho
uma opinião muito formada sobre este questionamento,vejo inúmeras adulterações
em nossos fundamentos,vejo modificações naquilo que jamais poderia se
modificar,bem,vou deixar minha opinião sobre as tais mudanças
Estão ocorrendo? Sim! Mas em qual momento que a UMBANDA não teve
mudanças, vejam bem, a UMBANDA ANUNCIADA pelo CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS
não tinha nenhum elemento de culto de Nação, correto? Logo o culto que os
adeptos das misturam cultuam é uma mudança da Umbanda anunciada em 1908 e nela
o próprio caboclo pediu que estudassem o espiritismo, pois queiramos ou não,
contem não tudo, mas uma grande parte do que temos que aprender e desenvolvimento
do trato com os espíritos.
Com a dissiminação do culto de Umbanda, muita coisa foi adaptada de
região para região e recebeu diversas influencias de cada local, por exemplo,
do catimbó de onde vieram ZE PELINTRA e a linha de malandros, aí também houve
outra mudança, bem como houve influencia do Candomblé e os cultos de nação e do
Esoterismo.
E mais atualmente, há a influencia e grande divulgação da Umbanda
preconizada por Rubens Sarraceni, que queiramos ou não tem tomando conta
exatamente pelos tais "cursos" ensinados e tem inclusões até
discutiveis na relação de "tronos" por ele ensinada.
Estão tendo mudanças? Sim estão, na mesma velocidade que a umbanda vem crescendo novamente, principalmente entre
os jovens. Será que ruim? Não sei, mas tenho medo.
Porém, entendo que fora o culto que seja feito, com influencia de nação
ou com 14 Orixás, ou com 7, ou com trabalho de Exu, sem trabalho de exu, não sei,
o que importa é que nenhuma destas mudanças deve tirar o principio básico da UMBANDA que é
o trabalho dos espíritos na prática da caridade, Caso os terreiros trabalhem
sem cobrar, desfazendo trabalhos e amparando , ensinando e ajudando no autoconhecimento e desenvolvimento moral do
individuo, entendo que é válido.
Eu sou a favor de uma Umbanda mais simples, menos engessada em seus
ensinamentos, sou a favor também do estudo das obras espiritas, pois trazem uma
boa base que com discernimento pode ajudar e muito na umbanda. Sou a favor de
entender a umbanda como a maneira mas natural de cultuar a Deus que é através
dos elementos da natureza, sem tronos, sem cortes, sem tantas outras coisas,
mas é a minha maneira de ver... Sou a favor da simplicidade do uniforme branco,
do pé no chão, do puro,do simples que ensina muito mais que mil métodos
existentes.
Uma pena é que hoje muitos PDS e ou MDS estão mais preocupados(as) em
aprender em CURSOS e MÉTODOS o que deveria ser aprendido com a espiritualidade,
em sentando e ouvir o que tem a dizer uma entidade, um caboclo, um preto velho,
verdadeiros sábios e professores. Os cursos tem a vantagem de propagar? sim,
tem, mas sinceramente não sei se é o melhor pra nossa Umbanda.
Eu não vejo as mudanças com bons
olhos, estava discutindo sobre isso no final de semana aqui em casa,
Não discrimino culto que seja diferente do meu, mas se as mudanças alteram os fundamentos iniciais da casa com certeza tem algo que não encaixa. Vejo muita novidade apenas para trazer mais assistência para os trabalhos. Ou em casos piores, acrescenta "novidades" porque outros estão fazendo.
Como estava comentando aqui , a umbanda vista de uma forma bem simples é uma receita de bolo, tem ingredientes que não podem ser substituidos nem alterados, e tem ingredientes que se acrescentar vai melhorar a receita original, só que se for acrescentando um pouco de tudo o resultado final provavelmente não será um bolo.
Já vi caso do terreiro mudar totalmente o jeito de trabalhar porque o PDS fez um curso e descobriu que seu terreiro estava trabalhando "errado", se eu fosse o PDS o dia em que algum curso ou algum livro de umbanda conseguisse provar que estou trabalhando do modo errado eu simplesmente fecharia a casa e mudava de religião.
Não discrimino culto que seja diferente do meu, mas se as mudanças alteram os fundamentos iniciais da casa com certeza tem algo que não encaixa. Vejo muita novidade apenas para trazer mais assistência para os trabalhos. Ou em casos piores, acrescenta "novidades" porque outros estão fazendo.
Como estava comentando aqui , a umbanda vista de uma forma bem simples é uma receita de bolo, tem ingredientes que não podem ser substituidos nem alterados, e tem ingredientes que se acrescentar vai melhorar a receita original, só que se for acrescentando um pouco de tudo o resultado final provavelmente não será um bolo.
Já vi caso do terreiro mudar totalmente o jeito de trabalhar porque o PDS fez um curso e descobriu que seu terreiro estava trabalhando "errado", se eu fosse o PDS o dia em que algum curso ou algum livro de umbanda conseguisse provar que estou trabalhando do modo errado eu simplesmente fecharia a casa e mudava de religião.
As alterações podem ser propostas pelos Mentores da Casa, uma
adaptação ou resposta às demandas dos consulentes, ou implementação dos
dirigentes materiais. Os tempos são chegados e acontece que tem muita
informação surgindo, de todos os cantos. O público que hoje procura
os Terreiros de Umbanda é muito diversificado. Não são mais, somente,
aquele público carente com sofrimentos e necessidades humanas básicas que
conheci no início da minha jornada. Tem procurado os Terreiros pessoas
das mais diversas classes sociais e com problemáticas diversas. Não é que
seja contra a adaptações e mudanças, desde que sejam para diminuir os
sofrimentos humanos e que sejam caritativas(sem nenhum vínculo pecuniário), sou
a favor sim.
Então, a gente precisa estar aberto a mudanças sim, mas devemos ter
cuidado para não perdermos a identidade e o caminho dos propósitos da Umbanda
É isso que eu penso, mas o assunto não está fechado e, respeito as
opiniões contrárias.
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